sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

AREIA NO DESERTO

Prossigo no deserto...
Não sei se sou areia...Se sou pegada...
Em alguns momentos sinto-me parada no tempo.
Vivo nesta espera contínua de tentar
avistar uma miragem...Teu oásis...
Água que matará minha sede de amar.

Numa lenta travessia
não encontro nenhuma pegada,
meus pés estão cheios de bolhas
escaldados pelo sol.
Já me senti perdida e delirante,
mas não sairei daqui sem te encontrar.

Sei que atrás de alguma duna de areia
acharei-te mergulhando em algum oásis...
Por isso persisto.
Nenhum vento, nem grão de areia em meus olhos
irão atrapalhar minha caminhada...
Não posso retornar sem antes
beber de tua fonte.

Resistirei ao sol, a chuva, ao relento
e ao tempo...
Nenhuma sombra quero mais,
preciso de tua presença,
do teu corpo junto ao meu...
Sem nenhuma palavra...
Somente a cadência ritmada dos
nossos corações...
JUNTOS... Matando todas nossas saudades.

BEBE

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