sábado, 3 de julho de 2010

MARESIA POÉTICA

Repouso meus dedos
corroídos pela maresia
vagando num cântico longínquo.

Abro as ondas dos meus sentidos...
Balançando por aquele
pacto implícito que comunguei
com minh'alma.

Não posso limitar letras...
Nem procurar na ausência
o esconderijo para aquele medo
de deixar vazar sentimentos.

Conter intensidade
só se for mesmo pelo ar,
num vôo ausente de eletricidade.

Mas carregando no peito
uma folha em branco...
Para que possas com teu oxigênio
secar os meus dedos, dissolvendo
neles aquele teu toque de magia.

BEBE

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